O presente

Um dia desses fui no Pelourinho com o Cá e a Olívia comprar meus tecidos para costura. Eu adorei esse dia, pois tomamos aquela chuva típica que cai no meio da tarde, almoçamos no Terrero de Jesus, andamos pela Avenida Sete, Carlos Gomes e arredores. No fim da tarde estávamos exaustos, porém felizes. Fomos de ônibus e voltamos ouvindo as estórias engraçadas da Olívia. Aliás, todo o ônibus ria das estorinhas fantásticas de baleia, mar, etc.

Chegando em casa, eu olho tecido por tecido e reconstruo na minha mente os projetos que estavam escritos no papel. Essa bolsa que posto era um dos projetos. Eu a fiz para minha sogra. Ela não gosta de bolsas enfeitadas, coloridas, bordadas, berrantes, com miçanga, com alça de madeira, entre outras coisas. É muito difícil agradar alguém. Eu já fiz uma bolsa que a pessoa não gostou, e o que ela realmente queria eu não faço. Não sigo tendências. Eu crio algo e dou meu toque. Cada um tem seu toque especial. Eu visito blogs e vejo criações maravilhosas. Mas voltando a bolsa, eu queria algo bonito, duradouro e com excelente matéria prima. O desafio nesse caso deveria ser o zíper, mas não foi. Foi a alça. Tive que fazer acabamento a mão, pois não sei como se prega a alça lateral em conjunto com o zíper. O tecido escolhido foi jacquard no tom verde com pequenas entrelaçadas em branco. Para o forro eu escolhi um veludo mole em tom contrastante. O zíper é bege e a alça é de courino, com fundo igual. A etiqueta é completamente handmade. Foi produzido pelo gatão da casa e eu adorei. Fiz também um bolsinho interno com velcro, o tecido usado foi o próprio jacquard. Ela ficou assim e espero que a dona goste.