Brechó, meu vício.

Todas as pessoas têm suas manias, seja comer miojo por 3 meses seguidos. Ficar 1 ano sem comer carne, colecionar sapatos, bolsas ou presilhas, etc. E meu vício é brechó. Eu vejo um brechó e se não entrar passo o dia inteiro pensando em peças que poderia ter encontrado lá. Seja para customizar, usar o tecido muito antigo para produção de uma bolsa ou até mesmo para presentear. Eu amo brechó. Eu sempre gostei de vestir tudo único e exclusivo. Algumas pessoas acham a idéia de imaginar que aquela roupa pertenceu a alguém que está morto, horrorosa, e já me disseram assim: "nossa, mas imagina se o defunto era apegado a essa roupa...". Olha, que me perdoe o defunto, mas se servir pra mim eu compro. Depois de um certo tempo eu comecei a vasculhar bazares de igreja. É simplesmente maravilhoso! Fora que as peças chegam a custar R$ 1 (real). É claro que toda peça que compro eu retiro uma ou duas do armário. Não é uma regra. Tem algo que mesmo velhinho fica ali, ora ou outra, eu uso. Mas gosto de doar roupas também e uma amiga, a Priscila, me deu uma ótima idéia que ela já fazia há tempos e se chama "Bazar do Rolo". É assim, você junta um povo com gostos em comum ou não necessariamente, e cada um leva as peças que não usa mais, pode ter tudo! Uma pena que a Priscila calça 34, mas é muito legal, pois a pessoa pega aquela peça que não te serve mais e fica linda nela e você percebe que ela amou trocar com você por aquela bolsa que ela nem gostava tanto, mas que você adorou. Voltando aos brechós, estou morando há pouco tempo em Salvador, mas adivinha? Eu já achei um brechó ótimo aqui, fica no caminho para a Baixa dos Sapateiros, não sei o nome da rua, só sei chegar. Em Santa Catarina, quando você tiver lá em Enseada, que fica na Ilha de São Franscisco do Sul, tem um brechó na avenida, perto da Petrobras, lá eu comprei blusinhas e saias muito legais, tem também bastante acessório, mas nada me agradou muito. Em Curitiba tem vários brechós escondidinhos no centro, perto da antiga Mesbla. Em São Paulo tem vários e vários maravilhosos. Tem um na Lapa que foi onde comprei essa bolsinha (R$ 4) que está na foto e só vende grifes, um outro fica na Clélia sentido Sesc Pompéia e tem uns vestidos muito bonitos. Em Pirituba, que não é longe (piada interna) tem dois que visitava com frequência, ficam no bairro mesmo e uma feira na igreja que tem coisas do epa (coisas do epa = antigas).

Dicas:

1 - Você amou uma calça, blusa, etc, certifique-se que ela vai te servir ou vire do avesso para olhar a costura e ver se dá para desmanchar e customizar em casa.

2 - O sapato é lindo, mas o salto está muito danificado. Eu não levo, pois você vai gastar mais para arrumar, do que o preço que pagou nele.

3 - Nos bazares de igreja você paga pelo montante. Suponhamos que você pegou 12 peças, mas no meio tem alguma de R$ 10. Normalmente, se você pedir é claro, eles fazem a peça pela média das outras, fazendo com que você se interesse a levar mais uma pecinha.

4 - Você viu uma peça que amou? Não siga esse raciocinio: "amanhã eu vejo." Eu te garanto que amanhã ela não estará lá. Aconteceu isso com uma saia maravilhosa de retalhos que eu não levei. Entre na loja e peça para a pessoa reservar por um dia para você, assim você pode pensar em casa.

5 - A última e mais importante dica. Não compre o que você não vai usar. Tudo que eu tenho, eu uso. E usar não é uma vez no ano, deve ter uma certa frequência, senão é dinheiro parado. E doe. Se você não gosta de pensar em outras pessoas usando suas coisas, o que eu acho muito egoísta, dê a parentes ou pessoas que você gosta.

Obs: Sobre o bazar do rolo, eu pesquisei e vi que tem algo parecido que é uma feira do rolo, aqui em Salvador, eu ainda não fui, mas é claro que vou até lá conferir e depois conto para vocês. Não sei se o propósito é o mesmo, se alguém souber e puder me contar, eu agradeço.